Os gafanhotos são também considerados insetos. Os primeiros insetos viveram há mais de 300 milhões de anos. Esses seres praticamente habitam o mundo todo, desde os desertos, passando por florestas até lugares onde exista neve. Estão presentes em todos os ambientes.
Pertencem a Classe Insecta, Filo Arthropoda, Reino Animalia, com cerca de 1 milhão de espécies, sendo a mais numerosa classe.
"Gafanhoto verde" com suas antenas filiformes localizando o botão floral. |
Uma das principais características externas de identificação imediata dos insetos é que todos possuem cabeça, tórax e abdome distintos e 3 pares de pernas articuladas. São animais invertebrados e possuem uma proteção chamada exoesqueleto. Nessas duas últimas partes, pode-se notar uma segmentação mais evidente. Na cabeça, encontram-se um par de antenas e um par de olhos não-pedunculados, ou seja, diretamente colocados junto à superfície. Esses olhos são compostos, e formam uma imagem "em mosaico". Cada unidade visual chama-se omatídeo.
Junto à boca, estão as peças ou aparelhos bucais, equipamentos especializados nos diversos tipos de alimentação dos insetos. Há aparelhos bucais trituradores como os dos gafanhotos, sugadores, mastigadores, picadores, lambedores, entre outros..
Os insetos são os responsáveis pela polinização de mais de 70% de todas as plantas fanerógamas da terra, ou seja, plantas consideradas superiores que possuem flores.
Muitos insetos estão diretamente relacionados com a transmissão de doenças para os seres humanos, como a malária, a doença de Chagas, a dengue, a febre amarela e dentre outras. A produtividade agrícola e a estocagem dos alimentos sofrem grandes perdas pela ação destruidora de muitas espécies de insetos que devoram lavouras inteiras, como os gafanhotos, ou transmitem doenças para as plantações.
Pela maneira de viver podemos dividir os insetos em solitários e sociais. Entre os insetos sociais destacam-se as formigas, cupins e abelhas, por serem mais conhecidas.
A ciência que estuda os insetos chama-se ENTOMOLOGIA (entomon = inseto do grego e logia = estudo). Em relação aos homens, muitos insetos são úteis (ex. abelhas), enquanto outros acabam sendo prejudiciais (mosquito).
Apesar de numerosos os insetos são praticamente as primeiras vítimas da degradação ambiental que vem ocorrendo como o desmatamento e principalmente com a aplicação de biocidas como os inseticidas.
E os gafanhotos que pertencem também a essa Classe zoológica chamada de INSECTA? Estariam mudando de hábito alimentar ou apenas diversificando?
Vejamos o que está ocorrendo comumente no Sítio Pinheiros, sede da Fundação SOS Chapada do Araripe, Distrito do Caldas, município de Barbalha, região do cariri cearense.
Registramos por diversas vezes a presença do "gafanhoto verde" também conhecido como "gafanhotão" alimentando-se avidamente somente de botões e flores de plantas ornamentais. As folhas dessas plantas ficam completamente intactas depois das visitas desses insetos.
Mas, quem são eles, os gafanhotos verdes?
O "gafanhoto verde" (Tropidacris grandis) é um gafanhoto encontrado no Norte e Nordeste do Brasil. Esses insetos possuem grandes dimensões e em geral atacam principalmente as folhas das palmeiras como babaçu, carnaúba e coqueiro. Também são conhecidos pelo nome de “gafanhotão”.
Gafanhotão em busca de uma flor de roseira. |
Essa espécie de gafanhoto está presente em praticamente todos os ambientes, em toda a América tropical.
Alimenta-se de folhas, ou seja, são fitófagos, por isso é considerado uma praga para a agricultura.
Essa espécie de gafanhoto é considerada uma das maiores do mundo. Ele chega a medir cerca de 10 cm de comprimento.
Apresentam duas antenas filiformes e um aparelho bucal do tipo mastigador muito eficiente.
Parece que essa espécie tem hábito solitário, pois, costumeiramente não se tem visto formando grupos ou em grandes quantidades (nuvens de gafanhotos) para atacar as plantações aqui da região.
Na literatura específica não se tem registrado a alimentação comum dessa espécie de botões ou flores de diversos tipos de plantas superiores.
Possuem um par de pequenas antenas filiformes e se tem observado que eles emitem um som ao esfregarem as pernas traseiras.
O acasalamento dessa espécie de gafanhoto também ocorre durante o verão.
Conforme a literatura a fêmea desse gafanhoto costuma botar de 50 a 100 ovos de uma única vez. As larvas costumam nascer na época do inverno, das chuvas aqui do nordeste.
É, pois, então interessante e convidativo que os especialistas desenvolvam mais observações e estudos para se esclarecer essa possível mudança de hábito do “gafanhoto verde”.
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